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(FCAB) HERBÁRIO FRIBURGUENSE, DA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO

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O Herbarium Friburgense foi instituído em 1951 a partir de coletas do botânico Pe. José Eugênio Leite SJ, um jesuíta cearense, destinado a lecionar botânica no curso de ciências no tradicional Colégio Anchieta, na cidade de Nova Friburgo, RJ.Pe. Eugênio Leite trouxe parte de sua coleção pessoal de plantas da Chapada do Araripe para o Colégio Anchieta, cujas duplicatas encontram-se distribuídas nos herbários do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e no Instituto de Botânica em São Paulo.

Com o abandono das atividades acadêmicas, em virtude de seu estado de saúde, foi substituído por Pe. Amarante, que planejou acriação de um Herbário que para implantação de suas ideias, convidou um jesuíta espanhol, Pe. Jayme Capell SJ que chegou ao Colégio Anchieta em1951. Dedicando-se exaustivamente a coletas e identificações, o Pe. Capell depositou mais de 2.000 exsicatas de plantas no Herbarium Friburgense. Após seu retorno à Espanha,  Pe. Amarante procurou manter e conservar o acervo do Herbário até o ano de 1967, quando deixou o Colégio Anchieta e passou a trabalhar na PUC-Rio. Com isso, o Herbário ficou parado por 11 anos, sem nenhum novo registro de coleta.A partir do ano de 1978 o Pe. Josafá Carlos de Siqueira SJ procurou reativar a coleção, providenciando o registro internacional do Herbarium Friburgense, que recebeu em 1979 a sua incorporação no Index Herbariorum com a sigla de FCAB, através da International Association for Plant Taxonomy. Em1980 o Boletim Botânico Eugeniana, nome dado em homenagem ao Pe. José Eugênio Leite SJ teve seu primeiro número publicado.

O Herbário dispõe ainda de importante patrimônio bibliográfico, com obras raras, tais como: Flora Brasiliensis de Martius; Flora Fluminensis de Velllozo; Compendio Pratico di Medicina, Chirurgia, Farmacia e Botanica de Antonacci, Elementos de Botanica Geral e Medica de Caminhoá, entre outras.

Historicamente a relevância de seu acervo encontra-se nas coleções de Pteridófitas e de áreas naturais pretéritas do município de Nova Friburgo: Morro-da-Cruz, Pico do Caledônia, Cascata do Pinel, Parque Furnas do Catete, Cascatinha, entre outras. Contudo, nos últimos dez anos, seu acervo começa a definir-se como importante registro de áreas naturais circunscritas à espacialidade urbana da cidade do Rio de Janeiro. Os estudos desenvolvidos nestas áreas de florestas urbanas têm se dado através de linhas de pesquisa lideradas pelo Depto. de Geografia e, mais recentemente, com a participação do recém-criado Curso de Ciências Biológicas, responsável por sua curadoria.

Assim é que hoje o Herbário Friburguense conta com aproximadamente 6.000 exemplares em seu livro de tombo, com exemplares typus constituindo um importante acervo para representação da flora da região serrana do estado do Rio de Janeiro.

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